Os concorrentes do Big Brother tiveram um desafio de defender uma causa, usando cartazes e camisolas personalizadas.
Renato enquanto líder deu o exemplo e foi o primeiro. O ex-jogador de andebol usou o tema do bullying e deu como exemplo o seu caso. O jovem de Penafiel assume ter sofrido nos tempos de adolescente e acaba por admitir que o partir do vidro foi um ato de revolta e não por ciúmes.
“Escolhi esta causa porque vivenciei alguns anos isto, mas pensava que a culpa era minha por não conseguir levar para a brincadeira. Ainda hoje continuo a achar isso, que eu é que tinha de saber lidar com isso. Eram coisas que me faziam sentir inferior aos outros. Faziam pensar que não estava no sítio certo com as pessoas certas, que a culpa era minha e não delas. Comecei a entrar em depressão que não sabia e não queria aceitar. Houve momentos em que pensei em coisas piores…”
“Houve um dia aquilo que cá em casa sabem. Muita gente acha que o que eu fiz aos 16 anos foi por causa da minha ex namorada, mas só os mais próximos é que sabem a verdadeira razão. Não quero criticar as pessoas que o fizeram, porque eu é que devia ter lidado com aquilo”, afirma, acrescentando que ainda hoje se sente culpado.
Jéssica Fernandes deixou algumas palavras de apoio ao amigo.
“Quem não sabe ter empatia e amor pelo próximo é quem está em erro. E não te podes culpar”, aconselhou a fadista.
“Tens de perceber o valor que tens e aumentar a tua autoestima”, acrescentou Sofia.
“As pessoas que criticaram o Renato são pessoas que têm problemas com elas próprias…Não tens de te sentir mal com aquilo que fizeste a ti próprio. Foi um momento de raiva…Aquilo que passaste na vida trouxe-te até aqui e nunca penses em ser diferente”, afirmou André Abrantes.
Carlos aproveitou o momento para partilhar a sua experiência, num ponto de vista do agressor, pedindo depois desculpas a quem magoou em tempos.
“Eu fazia bullying e achava que estava só a brincar e não tinha noção das consequências que os meus colegas podiam vir a ter. Não és tu que tens de te sentir culpado. Se as pessoas que o fizeram conseguirem ter a maturidade que eu consegui adquirir vão sentir peso na consciência por aquilo que te estavam a fazer e as marcas que te estavam a deixar…Aproveito ainda para pedir desculpa e para dizer que não sou a pessoa que era na escola. As pessoas que fazem bullying também têm revolta dentro delas, falo da minha parte. É uma maneira estúpida e ridícula de tentar se sentir melhor”, afirma Carlos.
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